sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Um Credo Melhor

Nós, os brasileiros, fomos colonizados pelos europeus. Foram os portugueses, franceses, espanhóis, holandeses, e outros que participaram das primeiras formações da nossa sociedade, juntamente com os índios e os negros trazidos escravos. A Europa tendo uma formação social com a religião cristã, trouxe-nos os jesuítas, para fazerem a catequização dos primitivos, introduzindo a sua crença.
Como resultado, é comum os brasileiros saberem pelo menos a primeira parte do credo ensinado pela igreja católica: “Creio em Deus todo poderoso, Criador do céu e da Terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo...”. Entretanto, a maior denominação evangélica do nosso Brasil também tem um credo, e este, em minha opinião, é bem melhor, pois não dá margem para a crença errônea da virgindade perpétua de Maria e também não dá ênfase na Igreja Católica (como se esta fosse a igreja verdadeira).
E, ao analisá-lo, podemos verificar a síntese das doutrinas ensinadas e vivenciadas por grande parte dos evangélicos em nosso país. Abaixo transcrevo para apreciação de todos. Cabe, portanto, ao crente evangélico, sabê-lo “de cor”. Em um momento necessário, pode-se citar qualquer dos catorze itens, explicando cada expressão doutrinária.

ESTE É O CREDO DAS IGREJAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS NO BRASIL
(CGADB)
Cremos...
1. Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29).

2. Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão (2 Tm 3.14-17).

3. Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9).

4. Na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória de Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode restaurá-lo a Deus (Rm 3.23 e At 3.19).

5. Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-8).

6. No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9).

7. No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e Cl 2.12).

8. Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus no Calvário, através do poder regenerador, inspirador e santificador do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 e 1Pd 1.15).

9. No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7).

10. Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme a sua soberana vontade (1 Co 12.1-12).

11. Na Segunda Vinda premilenial de Cristo, em duas fases distintas. Primeira - invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; segunda - visível e corporal, com sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1Ts 4.16. 17; 1Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5 e Jd 14).

12. Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo, para receber recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra (2Co 5.10).

13. No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis (Ap 20.11-15).

14. E na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza e tormento para os infiéis (Mt 25.46).

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

As luzes da razão "mesmo"




Olá a todos.

Imaginem vocês que o músico e escritor Tony Belloto escreveu uma matéria para veja.com intitulada As luzes da razão, onde defendia o evolucionismo. Nessa matéria, ele chegou ao ponto de dizer: "Não deixem que a Idade das Trevas volte a eclipsar a sabedoria humana! Notícias dão conta que o criacionismo - doutrinação religiosa disfarçada de pseudo-ciência - cresce entre as escolas brasileiras. E não apenas no ensino religioso, onde faria algum sentido, mas nas aulas de ciência.".

Depois, como se não bastasse, citou Isaac Roitman, da Sociedade Brasileira pra o Progresso da Ciência, quando ele disse estas palavras: "a evolução é comprovada cientificamente".

Após ler estas palavras, senti-me impelido a dar-lhe uma resposta. Nela assegurei que, ao contrário do que disse Isaac Roitman, a evolução NÃO pode ser comprovada cientificamente. Pelo contrário, se considerarmos a 1ª e 2ª Leis CIENTÍFICAS da Termodinâmica, a teoria da evolução transgride elas.

Por conseguinte, pude concluir: tanto a Teoria da Evolução quanto o Criacionismo, ou seja, as duas teorias precisam de Fé, são pontos de crenças diferentes, mas que, no caso da teoria da evolução, é necessário ter mais fé, pois contradiz a ciência.

Quando tratamos de questão de crença, de fé, nós lidamos com algo intríseco a nós mesmos, a partir de alguma experiência pessoal. A Bíblia nos dá orientação a respeito da fé, dizendo: "a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.". No entanto, a fé não é um salto no escuro. Robert Jastrow, um dos astrônomos mais importantes do mundo, do Instituto Espacial Goddard, que lançou as sondas Pioneer e Voyager, agnóstico, chocou seus colegas numa conferência da Associação para Ciências Avançadas, admitindo haver evidências de um Criador Supremo do universo. Posteriormente, ele escreveu:

"Os astrônomos, curiosamente, ficam contrariados... com a prova de que o universo teve um início. A reação deles fornece-nos uma demonstração interessante das respostas da mente científica - supostamente uma mente bastante objetiva -, quando a evidência revelada pela ciência entra em conflito com os artigos de fé professados por sua profissão... a ciência é uma espécie de religião".

Pensem nisso, para que "a luz" da razão os acompanhem nesse assunto. A propósito, Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida."Jo 8.12.

Em Cristo,
Cláudio Ananias

sábado, 14 de fevereiro de 2009

As expressões artísticas como reflexo do relacionamento entre o homem e Deus - Literatura

“Vós tudo perverteis! Como se o oleiro fosse igual ao barro, e a obra dissesse do seu artífice: não me fez; e o vaso formado dissesse do seu oleiro: nada sabe” Is 29.16

Sem se ater profundamente, mas apenas distribuindo os períodos históricos na literatura, de forma cronológica, é fácil perceber:

I. Antiguidade Clássica – O controle da razão sobre os sentimentos. A faculdade de ponderar as idéias, o uso do raciocínio, da forma em seus detalhes. Filosoficamente, o uso de princípios que não dependem da experiência, apenas da lógica e da razão. Algumas personagens se destacam enfatizando essas percepções como Platão e Aristóteles. – ênfase no homem.
II. Medieval – Trovadorismo. A sociedade européia vivia coibida pela Inquisição e as atitudes emanavam do teocentrísmo, ou seja, o homem pensava Deus como o centro do universo. É nesse contexto que temos as figuras de Agostinho e Tomás de Aquino. – ênfase em Deus.
II. Renascentista - O humanismo coloca o homem como centro do universo (antropocentrismo). Em 1572 Luís de Camões, com Os Lusíadas, dá vazão aos elementos épicos e líricos e também fala sobre as expedições ultramarinas e o humanismo. A Reforma Protestante contribui para estimular a derrocada do poderio da Igreja Romana, quando, detentora do conhecimento, frustrava qualquer tentativa de expressão artística que não fosse sob o prisma religioso. Pero Vaz de Caminha, em sua carta ao rei D. Manoel I comunicando o “achamento” do Brasil, relata fascinado a naturalidade dos índios. – ênfase no homem.
III. Barroca – O homem se vê entre o céu e a terra, consciente de sua grandeza, mas atormentado pela idéia de pecado, buscando salvação. No Brasil Gregório de Matos e Antonio Vieira produzem literatura com um teor totalmente devoto e místico. – ênfase em Deus.
IV. Arcadismo ou neoclassicismo – Começa a expressar um ponto de vista mais voluptuoso da realidade, a partir da escolha por um retorno ao mundo visível e sua relação com os hábitos rurais. Nessa direção, tende a abandonar preocupações religiosas. Dentre os pensadores europeus está Voltaire, e no Brasil Cláudio Manoel da Costa e Basílio da Gama. Este último, em seu poema épico O Uruguai, faz crítica à atuação dos jesuítas. – ênfase no homem.
V. Romantismo – A aspiração por uma confissão sincera dos estados emotivos, das fantasias e devaneios que ocupam sua mente, sua interioridade. A natureza é valorizada como exemplo da manifestação e poder de Deus, e o homem O têm como abrigo seguro. Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves, Taunay e Bernardo Guimarães são exemplo dessa geração romântica que, mesmo envolvida com seus sentimentos variáveis e intrínsecos, se deixaram permear na essência com o labor pelos ditames espirituais. – ênfase em Deus.
VI. Realismo (naturalismo) e Parnasianismo – representação mais objetiva e fiel da vida humana. Impressão de realidades pessoais. Aspecto materialista da existência humana. Figura nesta fase Machado de Assis. Com a valorização da forma e exibição da técnica e do preciosismo formal, buscando sempre o termo perfeito, surge a escola parnasiana, e, dentre os escritores eminentes, se destaca Olavo Bilac. – ênfase no homem.
VII. Simbolismo – convida novamente os sentimentos e emoções, fazendo alusão a elementos próprios de rituais religiosos (incenso, altares, arcanjos, etc). Escritores de destaque: Cruz e Souza e Augusto dos Anjos. – ênfase em Deus.
VIII. Modernismo – o modernismo traz uma gama de idéias que se vêem cultuadas pelos artistas proeminentes. Idéias que objetivam novos meios de expressão. E, nessa tentativa cada vez mais individual de conceber a arte, se pergunta: onde está a ênfase?
§ Futurismo - (do italiano Marinetti, líder do futurismo: “façamos corajosamente o ‘feio’ em literatura e matemos de qualquer maneira a solenidade. Dou o verso livre, eis finalmente a palavra em liberdade”.)
§ Cubismo – decomposição e geometrização das formas naturais, processo intelectual arbitrário.
§ Expressionismo – destaque para a percepção do artista, com suas reações subjetivas referentes à própria criação artística.
§ Surrealismo – ativação do inconsciente e da fantasia por intermédio da “escrita automática” e aproveitando frequentemente a psicanálise.

“Os errados de espírito virão a ter entendimento; os murmuradores aceitarão a instrução” (Is 29.24)

“...não há limite para fazer livros, e o muito estudar enfado é da carne. De tudo o que se tem ouvido, o fim é: teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; Porque este é o dever de todo o homem” (Ec 12.12-13)

Leitura do Novo Testamento em um mês

O Novo Testamento, a segunda parte da Bíblia Sagrada, contém 27 livros, agrupados por categoria, a saber: históricos (vida de Jesus e da Igreja primitiva), cartas (epístolas paulinas e gerais) e livro profético. Cada livro está dividido em capítulos, com suas quantidades específicas. Ao somarmos todos os capítulos do Novo Testamento temos 260 capítulos, sendo alguns maiores que outros.
Para efeito didático, objetivando seguir um programa de leitura diária em um mês, dividimos 260 por 30, temos então: 8,66. Assim, arredondando o resultado, estabelecemos a leitura de 9 (nove) capítulos por dia, sendo em alguns casos 8, 7 ou 6 capítulos, assim esquematizados:
O objetivo maior, não obstante, é que o leitor assíduo da Bíblia possa ler o Novo Testamento 12 vezes no ano com o fim de ter o texto sagrado capturado na íntegra em sua mente. “E estas palavras... te serão por testeiras entre os teus olhos.” (Dt 6.6-9).

Autor: Cláudio Ananias.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A razão do título

"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." (II Co 5.17).

Este versículo, é o meu favorito do texto sagrado. Expressa uma realidade distante das pessoas lá fora. Quando falo lá fora, me refiro aos que não esperimentaram a nova vida em Cristo (Jo 3.3), que estão "entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus, pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração" (Ef 4.18). A nova vida em Cristo, é o resultado de uma decisão consciente, baseada na fé (que não é um salto no escuro), e que redunda em um "andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus" (Cl 1.10). Assim, nos despimos do velho homem com os seus feitos e nos vestimos do novo, "que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou" (Cl 3.9-10).