quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Subsídio para Lições Bíblicas (Lição 9)


Subsídio para Lições Bíblicas (Lição 9)

A Conversão de Paulo

Quem era Paulo antes de sua conversão?

O escritor de Atos dos Apóstolos usa inicialmente o nome Saulo para se referir a este personagem. Somente a partir do capítulo 13, versículo 9, Lucas passa a referir-se a ele como Paulo: “Todavia Saulo, que também se chama Paulo, cheio do Espírito Santo, e fixando os olhos nele...”.

Saulo era o seu nome hebreu, e Paulo, o nome romano, originário do latim. A autora do hino 196 da Harpa Cristã, Frida Vingren, usa um paralelismo para ilustrar a conversão desse apóstolo construindo a seguinte expressão: “Mui zeloso pela lei foi Saulo, perseguia o povo de Deus, mas transformado foi em um Paulo, pois achou ele a rosa dos céus”. Isso não quer dizer que após sua conversão, Paulo deixou de ter o nome Saulo, apenas este nome não foi mais usado (pelo menos nos registros de Lucas e em suas epístolas).

Paulo:

• Era judeu, da tribo de Benjamim: “Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus” (Fl 3.5).

• Nascido em Tarso: “sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia” (At 22.3).

• Estudou com Gamaliel, um dos mestres mais respeitados entre o povo: “um certo fariseu, chamado Gamaliel, doutor da lei, venerado por todo o povo” (At 5.34). “nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais” (At 22.3).

• Fariseu: “Sabendo de mim desde o princípio (se o quiserem testificar), que, conforme a mais severa seita da nossa religião, vivi fariseu.” (At 26.5). “segundo a lei, fui fariseu” (Fl 3.5).

• Falava hebraico e grego: “falou-lhes em língua hebraica” (At 21.40). “E, quando ouviram falar-lhes em língua hebraica, maior silêncio guardaram” (At 22.2). “

• Tinha duas cidadanias: era romano - “disse Paulo ao centurião que ali estava: É-vos lícito açoitar um romano, sem ser condenado?E, ouvindo isto, o centurião foi, e anunciou ao tribuno, dizendo: Vê o que vais fazer, porque este homem é romano.E, vindo o tribuno, disse-lhe: Dize-me, és tu romano? E ele disse: Sim. E respondeu o tribuno: Eu com grande soma de dinheiro alcancei este direito de cidadão. Paulo disse: Mas eu o sou de nascimento” (At 22.25-28); e israelita – “E na minha nação excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais” (Gl 1.14). “da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim” (Fl 3.5).

• Aprendeu o ofício de fazer tendas: “E, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas.” (At 18.3).

Paulo e sua eloqüência

O discurso de Paulo no Areópago citando os poetas gregos (At 17.28), seu escrito a Tito fazendo referência a outro poeta (Tt 1.12), seu pedido a Timóteo para que trouxesse os livros e os pergaminhos (2Tm 4.13), traz a tona a necessidade de os verdadeiros cristãos estarem preparados também intelectualmente, buscando conhecimentos externos, afim de poderem “persuadir os homens a fé” (2 Co 5.11), e demonstrar que “a palavra da cruz é loucura para os que perecem” (1 Co 1.18).

A eloquência de Paulo diante de Festo e do rei Agripa são uma demonstração do seu preparo. Diante daquelas autoridades a sua preleção foi tão convincente que Lucas registrou: “E disse Agripa a Paulo: Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão!” (At 26.28).

Sigamos seu exemplo, como ele seguiu o de Cristo (1 Co 11.1).
Cláudio Ananias

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Subsídio para Lições Bíblicas (Lição 8)

Quando a Igreja de Cristo é Perseguida




Perseguição à Igreja! Quando este assunto entra em pauta, para os que leram Torturado por amor a Cristo, do cristão romeno Richard Wurmbrand, não é possível que o conteúdo ali exposto seja esquecido. O relatório comovente de um sobrevivente dos suplícios a que a Igreja da Cortina de Ferro foi exposta traz para os cristãos a certeza de que, ainda no presente, é possível ser fiel à Cristo diante das perseguições, sejam elas em quais níveis forem.

Logo no início da 5ª edição deste livro, lemos as palavras: “O playboy que se tornou pregador — esteve preso durante 14 anos em ca¬deias comunistas.
Os guar¬das tentaram forçá-lo a confessar que pertencia a uma rede de espionagem imperialista.

Foi açoitado, torturado e obrigado a ingerir dro¬gas.
Apesar de tudo ele resistiu e ficou firme.

Passou dois anos na "cela da morte" — assim chamada por não ter vol¬tado ninguém dali com vi¬da.
”1

O Pr. Claudionor de Andrade, comentarista deste trimestre, procura aguçar a curiosidade dos que não tiveram acesso à obra aludida ao dizer: “Quem ainda não leu o excelente livro Torturado por Amor a Cristo?... mostra-nos o quanto a Igreja de Cristo sofreu nos paises comunistas. Atrás da cortina de ferro, eram os cristãos perseguidos física, cultural e institucionalmente”.

Aqui reproduzo o resumo, encontrado na página 5: “O Rev. Richard Wurmbrand é o ministro evan¬gélico que passou 14 anos como prisioneiro dos comu¬nistas, torturado em sua própria terra, a Romênia. É um dos mais conhecidos líderes evangélicos, autor e educador. Poucos nomes são mais conhecidos em sua terra natal.

Em 1945, quando os comunistas tomaram a Romênia e tentaram submeter às Igrejas aos seus propósitos, Richard Wurmbrand imediatamente iniciou um minis¬tério eficiente e vigoroso, pelo processo chamado "sub-terrâneo", destinado à pregação do Evangelho ao seu povo escravizado pelos soldados russos invasores. Foi preso em 1948 com sua esposa Sabina. Durante três anos sua esposa trabalhou escravizada e Richard Wurm¬brand passou esse tempo numa prisão solitária — sem ver qualquer pessoa, a não ser os seus torturadores co¬munistas. Depois de três anos foi transferido para uma cela coletiva, onde as torturas continuaram durante cinco anos.

Por causa de sua liderança cristã internacional, di¬plomatas de embaixadas estrangeiras indagaram ao go¬verno comunista sobre sua segurança. A resposta foi que ele havia fugido da Romênia. Elementos da polícia secreta, passando como ex-companheiros de prisão, dis¬seram à sua esposa que assistiram ao seu funeral no cemitério da prisão. Sua família na Romênia e seus amigos de outros países foram avisados que deveriam esquecê-lo em vista de já estar morto.

Depois de oito anos foi solto e imediatamente reas¬sumiu seu trabalho na Igreja Subterrânea. Dois anos depois, em 1959, foi outra vez preso e condenado a 25 anos de reclusão.

Foi solto em 1964 por uma anistia geral e mais uma vez prosseguiu em seu ministério secreto. Levando em consideração o grande perigo de um terceiro período na prisão, crentes da Noruega negociam com as auto¬ridades comunistas sua permissão para deixar a Romênia. O governo comunista havia iniciado a "venda" dos seus presos políticos. O preço da libertação de um prisioneiro era de 800 libras, mas o preço de Wurmbrand foi fixado em 2.500 libras!

Em maio de 1966 testemunhou ele em Washington perante a Subcomissão de Segurança Interna do Se¬nado Americano, ocasião em que tirou a camisa para mostrar aos presentes dezoito profundas cicatrizes pro-vocadas pelas torturas físicas recebidas.
Sua história foi levada a todo o mundo pela im¬prensa livre dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia. Em setembro de 1966 foi advertido que o regime comu¬nista da Romênia decidira eliminá-lo. Apesar disso não silenciou e continua a dar seu testemunho. Tem sido chamado "a voz da Igreja Subterrânea". Líderes cristãos têm-no considerado o "Mártir Vivo" e o "Paulo da Cortina de Ferro
".2

Esse retrato de perseguição pode ser visto como uma continuidade dos encalços que a igreja enfrentou nos seus primórdios. E não há uma única razão para tal, muitos motivos são patentes hoje na contemporaneidade da Igreja. Earle E. Cairns, historiador da Igreja cristã, coloca como causas da perseguição a política, a religião, os problemas sociais e econômicos.3 Pr. Altair Germano comenta a abordagem de Cairns em seu comentário desta semana: http://www.altairgermano.net/2011/02/quando-igreja-de-cristo-e-perseguida.html

É importante mencionar ainda nesse tema, as constantes perseguições que a Igreja evangélica sofreu na implantação de seus trabalhos no Nordeste do Brasil, especialmente pela liderança católica. Por exemplo, no Rio Grande do Norte, muitos municípios enfrentaram esse tipo de perseguição como é destacado na História das Assembléias de Deus no Brasil. No município de Ceará-Mirim foi deflagrada uma campanha difamatória pelo vigario local e seus paroquianos culminando numa procisão de desagravo. Por ocasião da inauguração do templo, o padre quis impedir o evento ameaçando transtorná-lo. Assim narra os historiadores: “Os evangélicos recorreram ao Governador do Estado, Juvenal Lamartine, que deu todo apoio e proteção, não só para inaugurar o templo com também para pregar o evangelho”.4

Como forma de contextualizar a situação da Igreja hoje, no que concerne a perseguição, um bom subsídio está no site da Missão Portas Abertas, onde é colocado a classificação de países por perseguição: www.portasabertas.org.br/classificacao
Excelente aula!

Cláudio Ananias

Referências:
1. WURMBRAND, Richard. Torturado por Amor a Cristo. Imprensa Metodista, 1976. Pg. 2.
2. Idem, pg. 5
3. CAIRNS, Earle E. O Cristianismo através dos séculos. São Paulo, Vida Nova, 1995. Pg. 70-73.
4. ALMEIDA, Abraão de. História das Assembleias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro, 1982. Pg. 147.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Subsídio para Lições Bíblicas (Lição 7)


Assistência Social, um importante negócio

A assistência Social na igreja é de suma importância, tendo em vista os desafios que comumente se enfrenta neste quesito, nas mais diferentes comunidades cristãs. Quando alguém se converte, é preciso ter em mente que a igreja recebeu mais um membro, porém devemos ir além desse pensamento, o de que foi simplesmente mais uma alma para o reino de Deus. A propósito, quando usamos a expressão alma, corremos o risco de espiritualizar demais aqueles que se tornam participantes da igreja de Cristo, e não vermos as necessidades socialmente comuns daqueles que se convertem.

Os que recebemos na igreja, como novos integrantes da família de Deus, são de fato membros de uma nova família, e muitos vêem a procura de amparo, de proteção, de cuidado em todos os níveis da vida. Devemos, portanto, ter em mente que o evangelho deve atingir o homem em todas as suas necessidades, e a igreja deve cumprir com seu papel de inclusão social e de assistência.

Observe que, ao ganharmos para Cristo um drogado, uma prostituta, um ancião, uma criança de rua, etc, temos o dever de buscar através dos meios legais o auxílio que for próprio de cada situação. O Salmo 68, vers. 5 e 6 assegura “Pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus, no seu lugar santo. Deus faz que o solitário viva em família”.

Há igrejas com condições plenas de ter um hospital próprio, na área de geriatria, pediatria e tantas outras áreas, além de escolas de nível fundamental e médio, e, contudo, não despertam para estes investimentos tão necessários.
A igreja primitiva dá-nos o exemplo.
Os judeus sempre cuidaram bem das suas viúvas e de seus órfãos. Toda sinagoga tinha um serviço permanente para cuidar destas pessoas. Uma vez por semana os encarregados pelas coletas recolhiam nos mercados e nas casas donativos em dinheiro para os pobres. Um comitê estabelecido pela comunidade supervisionava a distribuição. Aqueles que tinham necessidades temporárias recebiam uma ajuda e os totalmente necessitados recebiam o suficiente para duas refeições diárias para a semana inteira. Este fundo para os pobres chamava-se Kuppá (cesta) e a coleta diária de alimentos para suprir os mais necessitados chamava-se Tamjui (bandeja)1”.
Alguns eruditos advogam que o ofício diaconal foi copiado da sinagoga judaica: toda sinagoga tinha pelo menos três diáconos, os quais eram chamados parnasim, palavra essa derivada do vocábulo parnes, que significa alimentar, nutrir, sustentar, governar. O parnas ou diácono era uma espécie de juiz na sinagoga; e de cada um deles se requeria doutrina e sabedoria, a fim de que pudessem discernir e passar julgamento justo, tanto nas questões sagradas como nas questões civis. O Chazan e o Chamash eram também ofícios parecidos com o do diaconato2.”

Devido a queixa dos judeus que falavam grego, a respeito da ausência do cuidado para com as suas viúvas, houve a necessidade de se eleger homens que cuidassem desse serviço de ajuda aos necessitados, a fim de que eles atendessem a todos, tantos os hebreus como qualquer que aparecesse na comunidade cristã daqueles dias.

É importante considerar os requisitos propostos pelos apóstolos àqueles homens: boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria. (At 6.3); e também as recomendações paulinas à Timóteo sobre os diáconos:

“Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância... E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis. Da mesma sorte as esposas sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo. Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, e governem bem a seus filhos e suas próprias casas. Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.” (I Tm 3.8-13).

Como se vê, a posição de diácono vai além de consagrações que figuram posições hierárquicas. Este é um bom tema para ser abordado.

Boa aula!

Cláudio Ananias

Referências:
1. BARCLAY, William. Comentário Al Nuevo Testamento, pg 822 (retirado de Diaconia, apostila ETAP).
2. CLARKE, Adam, apud PAGANELLI, pg 36 (retirado de Diaconia, apostila ETAP).

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Subsídio para Lições Bíblicas



A partir da lição nº 6 (Lições Bíblicas), estarei postando comentários, como subsídio para as aulas.

Lição 6 – A Importância da Disciplina na Igreja

A palavra disciplina, tema da próxima aula, está ligada a uma outra: correção. Do termo hebraico musar, correção diz respeito a instrução, repreensão e advertência. O texto de Provérbios 3.11 (na ARC) faz um paralelismo dístico, ou seja, a característica da poesia hebraica que é a expressão de pensamentos sinônimos em cada linha, com o objetivo de fortalecer a idéia. “Filho meu, não rejeites a correção do SENHOR, nem te enojes da sua repreensão”. O mesmo caso acontece no versículo 1º do capítulo 12, transcrito na lição: “O que ama a correção ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é um bruto”.

Assim, precisamos entender disciplina sob esse prisma, pois é com ela que aprendemos quando erramos. Há aqueles que rejeitam a disciplina e preferem continuar no erro, justificando com o jargão errar é humano. Contudo, é mais sábio receber a correção e aprender com os erros dos outros.

Uma expressão que deve ser bem trabalhada em aula é esta: “Nestes tempos tão difíceis e trabalhosos, nós pais somos coagidos a não aplicar a disciplina aos nossos próprios filhos”. O Mensageiro da Paz, de janeiro, trouxe uma matéria com o seguinte título: Pais presos na Suécia por lei da palmada, casal fica 9 meses na cadeia devido a lei similar à discutida no Brasil. O diretor de relações internacionais da Associação de Defesa Legal da Educação Escolar em Casa (ADLEEC), disse: “Na área de direitos da família na Suécia, as coisas realmente não estão indo bem”1.

Aqui no Brasil, ainda é um projeto de lei (da deputada Maria do Rosário, RS). Porém, ele tem causado polêmica. Sobretudo porque essa lei está representando a interferência direta do estado no modo como os pais devem educar os filhos.
Para este assunto, é bem oportuna a introdução do livro: Os Direitos dos Pais, construindo cidadãos em tempos de crise, da educadora Tania Zagury. De forma elucidativa ela coloca: “... sempre defendi a idéia de que a cada direito corresponde um dever. E o que ouço e vejo é tão somente colocações de deveres dos pais e... direitos dos filhos.”

“... os que vivem acusando os pais, como se todos fossem potencialmente irresponsáveis ou perigosos, nunca os vi procurando nada além do que os pais “fizeram de errado” ou do que “os pais deixaram de fazer”, para, em vez disso, e com mais cautela e generosidade, verificar se não haveria talvez outras explicações para os problemas que surgem amiúde na relação familiar atualmente”

“... será que a razão de grande parte dos problemas não seria exatamente a inversa? Quem sabe os problemas da relação pais e filhos não teriam origem – pelo menos em parte – exatamente no fato de estarem hoje os jovens e as crianças excessivamente inflados pelo que consideram “seus direitos?”. Não estariam esquecendo (deixando de lado, ou não sendo suficientemente esclarecidos) de que têm também, e na mesma proporção, deveres e responsabilidades?”2.

Sendo a disciplina “um regime de ordem imposta ou livremente consentida”3, tendo ela a ver com regras que regem certas comunidades, e estando próxima da palavra discípulo, cabe considerar a disciplina como parte da vida cristã, parte da vida da igreja.

Disciplinas espirituais são procedimentos que o cristão deve ter em sua caminhada. Essa palavra era, e ainda é usada nos círculos cristãos, quando um membro da igreja está “em pecado”, e precisa ser disciplinado. Passar pela disciplina, em muitas comunidades cristãs, é o membro ficar afastado de cargos e reuniões fechadas da igreja. Mas, a disciplina espiritual é mais profunda.

Por exemplo, orar a Deus a sós ou em grupo, contribuir financeiramente, ler a Bíblia, freqüentar a Escola Dominical, evangelizar parentes e amigos, são alguns exemplos de disciplina esquecidos por muitos cristãos.

Quando nos esquecemos ou negligenciamos a disciplina cristã, começando nas coisas mínimas, corremos o risco do esfriamento espiritual e conseqüentemente, o temor a Deus se vai, fazendo com que atitudes pecaminosas se tornem comuns, pois a mente fica dormente para as coisas espirituais e aquilo que era pecado, já não causa remorso ou arrependimento no coração. É a mente cauterizada (I Tm 4.2) Foi exatamente o que aconteceu com Ananias e Safira. Ambos estavam dormentes para com a conduta verdadeira da igreja, e se esbaldaram numa seqüência de pecados tais como a mentira, a hipocrisia e o roubo, confirmando a expressão bíblica: “um abismo chama outro abismo” (Sl 42.7).

É preciso considerar a disciplina, seja de que nível for, como algo para o bem, sempre para o bem. O capítulo 12 de Hebreus é rico nesse assunto. A figura de um pai que disciplina seu filho é explorada, colocando como assertiva o fato de que “... tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos?” (Hb 12.9). E também, aqueles que estão sem disciplina não são filhos, são bastardos (Hb 12.8).

Boa aula!

Cláudio Ananias



Referências:
1. Jornal Mensageiro da Paz, janeiro de 2011, pag. 19.
2. ZAGURY, Tania. Os Direitos dos Pais, construindo cidadãos em tempos de crise, Rio de Janeiro, Record, 2004, pág. 12.
3. Dicionário Aurélio.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Site (blog) da EBD Soledade 2

O site (blog) da EBD em Soledade 2 já está no ar. Devagar vamos colocando as informações e novas postagens. Vocês podem acessar também pelo link que coloquei na área Blogs indicados.