sábado, 30 de julho de 2011
Gigantes da Fé estão nos deixando
Alguns homens de Deus, gigantes da fé cristã, estão partindo para a eternidade. É o caso do pastor e teólogo John Stott, que nos deixou no dia 27 de julho. O meu despertar para os frutos desse simples cristão aconteceu a partir de seus escritos sobre a forma de ver e vivenciar o evangelho. Foi em Cristianismo Equilibrado (um de seus livros) que eu pude encontrar eco para uma expressão que sempre me acompanhou, “o Evangelho é para ser pensado”. John Stott falava sobre “uma fé racional” onde a confiança deve germinar do conhecimento profundo do caráter de Deus.
Os títulos das suas obras já conduzem o leitor para a forma como ele compreendia o reino de Deus e como devemos nos portar com respeito à vida cristã. Crer é Também Pensar, Entenda a Bíblia, Cristianismo Equilibrado e Cristianismo Básico são exemplos disso.
O que Stott ensinou indica ainda uma postura que ia de encontro à cultura evangélica que se estabelece em nosso tempo. Por exemplo, quantas vezes nós o vimos na televisão? Quantas vezes ele alardeou uma cruzada ou evento promovido por ele mesmo? Onde ele enfatiza a realização terrena em detrimento da glória futura?
A propósito, o evento que John Stott promoveu, ao lado de outro gigante, Billy Graham, ainda ecoa hoje porque não tinha um caráter imediatista e não levava as pessoas ao engano de enfatizar uma prosperidade momentânea como se essa satisfação fosse garantia de autenticidade cristã. Refiro-me ao Congresso Internacional de Evangelização Mundial, realizado em Lausanne, Suíça, em 1974. Ao presidir a comissão que elaborou o Pacto de Lausanne, trouxe influência ao movimento evangélico de tal forma que hoje, qualquer instituição evangélica séria que promova Missões, recorre ao Pacto de Lausanne, sendo este um marco.
O site Cristianismo Hoje finalizou a notícia de sua morte de forma belíssima quando disse: “Em todas suas viagens, sempre recusou hospedagem em hotéis cinco estrelas. Não costumava nem repetir refeições. “Quando comemos um segundo prato, alguém está deixando de comer o primeiro”, dizia. Tudo a ver com alguém que, ao morrer, possuía apenas um sítio e um apartamento e definia dessa maneira o que é ser evangélico: ‘É ser um cristão simples e comum’.”.
Outro humilde servo de Deus que partiu recentemente foi o Pr. David Wilkerson, autor de "A Cruz e o Punhal". Ao receber a notícia de sua morte no dia 27 de Abril, senti angústia mesmo sabendo que este profeta está ouvindo a voz do Pai, em um lugar melhor do que o que nos encontramos agora.
Minha tristeza é em saber que mais um profeta nos deixou, numa hora em que precisamos de profetas com o quilate de Wilkerson. Sua vida, seu exemplo, o trabalho pioneiro de levar o evangelho aos drogados e as gangues, seus livros proféticos, suas pregações tais como "Um chamado para a angústia", sermões que reconhecem Deus em Seu lugar e o homem em sua total dependência Dele... São tantas coisas que ficarão na saudade... Acho que não temos idéia do impacto que a vida e o ministério de David Wilkerson causaram em várias gerações.
Que a morte e o exemplo desses homens impulsionem-nos a pregar com autoridade e imparcialidade contra a famigerada teologia da prosperidade, enfatizando o Evangelho da Cruz e a Cruz de Cristo (outro título de John Stott).
Em Cristo,
Cláudio Ananias
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