Há um documento intitulado "Requerimento de Informação", do sr. Izalci (um deputado), de maio de 2015, encaminhado ao ministro da educação, cujo conteúdo refere-se a um outro documento do CONAE (Conferência Nacional de Educação) em que se definiu a ideologia de gênero como diretriz obrigatória para o PNE (Plano Nacional de Educação). A justificativa do "Requerimento de Informação" traz uma dissertação rica em dados históricos sobre esse tema. Vou compartilhar abaixo parte da justificativa (que traz o resumo histórico), a fim de que possamos estar alertas quanto ao tema. O texto é longo, mas vale a pena ficar informado!
JUSTIFICAÇÃO
"A ideologia de gênero adquiriu sua configuração atual no início dos
anos 90, na Universidade de Berkeley, com a obra da professora Judith Butler O
Problema do Gênero [Judith Butler: Gender Trouble, Feminism and the
Subversion of Identity, 1990, Routledge, New York]. Logo em seguida o conceito
foi ardilosamente introduzido por meio do trabalho das Fundações Internacionais
na Conferência sobre a Mulher promovida pela ONU em Pequim. A Conferência
supostamente trataria da discriminação contra as mulheres, mas em vez de falar-se
de discriminação sexual, repetiu-se mais de 200 vezes, sem definição de
termos, a nova expressão “discriminação de gênero”. Tanto na conferência
como nas pré-conferências os delegados de numerosos países exigiram que o
conceito de gênero fosse claramente definido antes do documento ser
apresentado ou aprovado, mas as comissões responsáveis insistiram repetidas
vezes que o termo era auto-evidente e não necessitaria ser definido. O conceito,
porém, foi finalmente definido em 2006, quando duas ONGs européias, a
International Commission of Jurists e a International Service for Human
Rights, convocaram 29 especialistas de 25 países, incluindo a brasileira Sônia
Correa, para uma Conferência a ser realizada em Yogyakarta, na Indonésia, para
“trazerem maior claridade e coerência às obrigações
sobre direitos humanos dos Estados”.
http://www.icj.org/yogyakarta-principles/
A partir de Yogyakarta foram definidos os termos “identidade de
gênero” e “orientação sexual”. Apesar da conferência ter sido convocada por duas ONGs e não contar com delegados oficiais de nenhum país, esta tem sido
mencionada, na prática, como se contivesse princípios indeclináveis de uma
convenção internacional aprovado pela comunidade das nações.
A ideologia, entretanto, já havia iniciado suas construções nos anos
80, antes de Butler, quando o conceito de gênero passou a ser adotado pelo
movimento marxista e feminista, que via nesta teoria uma justificação científica
para as teses desenvolvidas inicialmente por Karl Marx e Friedrich Engels.
Conforme atesta uma amplíssima literatura que poucas vezes é
levada ao grande público, a doutrina marxista sustenta ser impossível implantar a
revolução socialista sem que antes se destrua a família. Antes mesmo que
iniciasse a redação do Capital, Marx escreveu na sua obra “A Ideologia alemã”:
“A propriedade privada somente poderá ser suprimida
quando a divisão do trabalho puder ser suprimida.
A divisão do trabalho, porém, na sua origem, não é nada
mais do que a divisão do trabalho no ato sexual, que
mais tarde se torna a divisão do trabalho que se
desenvolve por si mesma. A divisão do trabalho, por
conseguinte, repousa na divisão natural do trabalho na
família e na divisão da sociedade em diversas famílias
que se opõem entre si, e que envolve, ao mesmo tempo,
a divisão desigual tanto do trabalho como de seus
produtos, isto é, da propriedade privada, que já possui
seu germe na sua forma original, que é a família, em que
a mulher e os filhos são escravos do marido”
[Karl Marx e Friedrich Engels: A Ideologia Alemã].
Nos últimos anos de sua vida, Marx pôde aprofundar, graças aos
trabalhos do antropólogo americano Morgan, sua concepção sobre a família,
recolhida finalmente no livro assinado por Engels “A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado”. Nesta obra Engels, seguindo Marx,
sustentava que nos primórdios da história não teria existido a instituição que hoje
denominamos de família. A vida sexual era totalmente livre e os homens
relacionavam-se sexualmente com todas as mulheres. Deste modo, as crianças
somente conheciam quem eram as suas mães, mas não sabiam quem fossem os
seus pais. Mais tarde, à medida em que a sociedade passou de caçadora a
agricultora, a humanidade começou a acumular riqueza e os homens, desejando
deixar as novas fortunas como herança à sua descendência, para terem certeza
de quem seria o eu herdeiro, fora obrigados a forçar as mulheres a não mais se
relacionarem com outros parceiros. Com isto transformaram as mulheres em
propriedade sexual e assim teriam surgido as primeiras famílias, fruto da
opressão do homem sobre a mulher, e com a qual se teria iniciado a luta de
classes. A conclusão óbvia desta tese, afirmada como absoluta certeza, visto que
confirmava as teorias já levantadas pelo jovem Marx, é que não poderia haver
revolução comunista duradoura sem que a concomitante destruição da família.
As teorias de Marx sobre a família foram levadas à prática pela
Revolução Leninista e aprofundadas pela Escola de Frankfurt. Fazendo um
balanço sobre a revolução russa de 1917, Kate Millett escreve, em sua obra
“Sexual Politics”:
“A União Soviética realizou um esforço consciente para
eliminar o patriarcado e reestruturar a sua instituição
mais básica, a família. Depois da revolução foram
instituídas todas as leis possíveis para libertar os
indivíduos das exigências da família: matrimônio livre e
divórcio, contracepção e aborto a pedido. Mais do que
tudo, as mulheres e as crianças foram libertadas do
poder econômico do marido. Debaixo do sistema
coletivista, a família começou a desintegrar-se segundo
as próprias linhas sob as quais havia sido construída.
Todas as providências legais foram tomadas para
promover a igualdade política e econômica. Mas, mesmo com tudo isso, a experiência soviética falhou e foi
abandonada. Nos anos trinta e quarenta a sociedade
soviética voltou a assemelhar-se às sociedades
patriarcais reformadas dos países ocidentais.”
[Kate Millett: Sexual Politics, 1969, Rupert Hart-Davis,
London].
Nos anos 30 a Escola de Frankfurt aprofundou a ligação entre a
revolução marxista e a destruição da família. A revolução, segundo escreve Karl
Korch no livro “Marxismo e Filosofia”, obra que deu início à Escola de Frankfurt,
deve dar-se no nível econômico, mas as superestruturas política e cultural
impedem a reestruturação econômica que se inauguraria com a implantação da
ditadura do proletariado. Conseqüentemente, para possibilitar a revolução
socialista, é necessário desenvolver concomitatemente um amplo trabalho de
destruição da política e da cultura.
O modo pelo qual seria possível destruir a cultura para possibilitar a
revolução socialista foi detalhadamente exposto por Max Horkeimer, o principal
dirigente da Escola de Frankfurt, no seu ensaio “Autoridade e Família”,
publicado 1936. Segundo ele, o que impede a destruição da cultura é a
autoridade, e o que condiciona nos homens a autoridade é precisamente a
família:
“entre as relações que influem decididamente no
modelamento psíquico dos indivíduos, a família possui
uma significação de primeira magnitude. A família é o
que dá à vida social a indispensável capacidade para a
conduta autoritária de que depende a existência da
ordem burguesa” [Max Horkheimer: Autoridade e Família,
1936, republicado posteriormente in Teoria Critíca, 1968].
Segundo Horkheimer, a capacidade da família em impor autoridade
é tão notável que chega ao ponto de tornar impensáveis as relações sexuais entre mãe e filhos e entre irmãos e irmãs, apesar destes indivíduos de sexos diferentes
passarem anos seguidos vivendo debaixo do mesmo teto, algo simplesmente
inconcebível se não ocorresse dentro da estrutura ambiente familiar:
“não somente a vida sexual dos esposos se cerca de
segredo diante dos filhos, como também da ternura que
o filho experimenta para com a mãe deve ser proscrito
todo impulso sexual; ela e a irmã têm direito apenas a
sentimentos puros, a uma veneração e uma estima
imaculadas”
[Max Horkheimer: Autoridade e Família, 1936, in Teoria
Critíca, 1968].
Assim, afirma Horkheimer:
“a subordinação ao imperativo categórico do dever foi,
desde o início, o fim consciente da família burguesa. Os
países que passaram a dirigir a economia,
principalmente a Holanda e a Inglaterra, dispensaram às
crianças uma educação cada vez mais severa e
opressora. A família destacou-se sempre com maior
importância na educação da submissão à autoridade. A
força que o pai exerce sobre o filho é apresentada como
relação moral, e quando a criança aprende a amar o seu
pai de todo o coração, está na realidade recebendo sua
primeira iniciação na relação burguesa de autoridade.
Obviamente estas relações não são conhecidas em suas
verdadeiras causas sociais, mas encobertas por
ideologias religiosas e metafísicas que as tornam
incompreensíveis e fazendo parecer a família como algo
ideal até mesmo em uma modernidade em que,
comparada com as possibilidades pedagógicas da
sociedade, a família somente oferece condições miseráveis para a educação humana. Na família, o
mundo espiritual em que a criança cresce está
dominada pela idéia do poder exercido de alguns
homens sobre os outros, pela idéia do mandar e do
obedecer”
[Max Horkheimer: Autoridade e Família, 1936, in Teoria
Critíca, 1968].
Mas se a revolução russa e a Escola de Frankfurt apontaram
claramente o motivo pelo qual a destruição da família seria tão central para o êxito
da revolução socialista, não explicaram, todavia, como esta deveria ser realizada.
De fato, como já notamos, apesar de todo o empenho e recursos utilizados, nem
a revolução russa conseguiu dissolver a família. Nos anos 70, Kate Millett, a
mesma que acabamos de mencionar, assim explicava as causas pelas quais
Lênin não havia conseguido abolir a família:
“A causa mais profunda para isto reside no fato de que,
além da declaração de que a família compulsória estava
extinta, a teoria Marxista falhou ao não oferecer uma
base ideológica suficiente para uma revolução sexual e
foi notavelmente ingênua em relação à força histórica e
psicológica do patriarcado. Engels havia escrito apenas
sobre a história e a economia da família patriarcal, mas
não investigou os hábitos mentais nela envolvidos, e até
mesmo Lenin admitiu que a revolução sexual não era
adequadamente compreendida. Com efeito, no contexto
de uma política sexual, as transformações
verdadeiramente revolucionárias deveriam ser a
influência, à escala política, sobre as relações entre os
sexos. Justamente porque o período em questão não viu
concretizar-se as transformações radicais que parecia
prometer, conviria definir aquilo que deveria ser uma
revolução sexual bem sucedida. Uma revolução sexual exigiria, antes de tudo o mais, o fim das inibições e dos
tabus sexuais, especialmente aqueles que mais
ameaçam o casamento monogâmico tradicional: a
homossexualidade, a ilegitimidade, as relações pré-
matrimoniais e na adolescência. Isto permitiria uma
integração de subculturas sexuais, uma assimilação de
ambos os lados da experiência humana até aqui
excluídos da sociedade. Da mesma forma, seria
necessário reexaminar as características definidas como
masculinas e femininas. O desaparecimento do papel
ligado ao sexo e a total independência econômica da
mulher destruiriam ao mesmo tempo a autoridade e a
estrutura econômica. Parece improvável que tudo isto
possa acontecer sem um efeito dramático sobre a
família patriarcal”
[Kate Millett: Sexual Politics, 1969, Rupert Hart-Davis,
London].
Logo após Kate Millett haver escrito estas linhas, cientistas e
filósofos começaram a desenvolver aquilo que é considerado, pelo menos até o
momento, como a solução definitiva para o problema da família. Não é nada mais
do que aquilo que hoje conhecemos como ideologia de gênero. O conceito de
gênero foi desenvolvido pela primeira vez no final dos anos 60 pelo Dr. John
Money, psicólogo neozelandês professor na John Hopkins University de
Baltimore.
Dr. Money sustentou que a percepção que as pessoas tem de sua
própria sexualidade, à qual denominou de identidade de gênero, dependeria da
educação recebida e poderia ser diferente de seu sexo biológico. Ao deparar-se
com um recém nascido que havia sofrido uma amputação do pênis, e que possuía
um irmão gêmeo univitelino, Money recomendou aos pais que castrassem o bebê
e educassem o primeiro como mulher e o segundo como homem, sem que ambos
soubessem de suas diferenças de nascença. A experiência fracassou completamente, uma vez que o gêmeo que havia sido educado para ser mulher,
desde tenra idade, rasgava seus vestidos femininos, mais tarde passou a acusar
os pais de lavagem cerebral e, por volta dos quinze anos, ameaçou suicidar-se se
não lhe permitissem comportar-se como homem. John Money, entretanto,
publicava diversos trabalhos na literatura especializada considerando a
experiência como um sucesso e a comprovação definitiva da teoria de gênero.
Até poucos anos atrás a palavra gênero significava a atribuição de
um caráter masculino ou feminino a classes de palavras tais como os
substantivos e adjetivos. Dizia-se que uma palavra seria masculina, feminina ou
neutra, ainda que o objeto correspondente, como um caderno ou uma mesa, não
fosse um ente sexuado. Na língua inglesa, o termo correspondente ‘gender’,
poderia ainda, secundariamente, ser entendido como sinônimo genérico de sexo;
neste outro sentido, gênero poderia ser tanto o sexo masculino ou feminino, sem
especificação. Mas, graças ao trabalho do Dr. John Money, o termo passou a
perder este sentido secundário de sexo em geral, desvinculou-se da biologia e
passou a referir-se a um papel socialmente construído. Assimilado, logo em
seguida, durante a década dos anos 80, pelas teóricas do feminismo, passou a
ser utilizado pelo movimento feminista para promover a revolução marxista.
Foi, porém, Judith Butler quem apresentou, no início dos anos 90, o
conceito filosófico moderno de gênero, sob a forma que poderia ser aplicado,
através do movimento feminista, para conduzir à destruição da família,
necessária para promover a revolução socialista. Segundo Butler, quando as
feministas se pensam a si mesmas como mulheres, já estão com isto, construindo
um discurso que as impedem de emancipar-se dos homens. As feministas não
deveriam mais falar da mulher como sujeito do seu movimento, mas deveriam, em
vez disso, substituir tanto a feminilidade como a masculinidade pelo conceito
amorfo e variável de gênero. Conforme explicado em sua obra “O Problema do
Gênero”,
“Durante a maior parte do tempo a teoria feminista
supôs que haveria uma identidade existente, entendida através da categoria da mulher, que
constituía o sujeito para o qual se construía a
representação política. Mas recentemente esta
concepção da relação entre a teoria feminista e a
política foi questionada a partir de dentro do
próprio discurso feminista. O próprio sujeito
“mulher” não pode ser mais entendido em termos
estáveis ou permanentes. Há uma farta literatura
que mostra que há muito pouco acordo sobre o que
constitui, ou deveria constituir, a categoria
“mulher”. O filósofo Michel Foucault mostra que os
sistemas jurídicos de poder produzem os sujeitos
que eles em seguida passam a representar. Nestes
casos, recorrer não criticamente a um sistema
como este para emancipar as mulheres é
obviamente auto sabotador. A denúncia de um
patriarcado universal não goza mais da mesma
credibilidade de outrora, mas é muito mais difícil
desconstruir a noção de uma concepção comum de
mulher, que é conseqüência do quadro do
partriarcado. A construção da categoria “mulher”
como um sujeito coerente é, no fundo, uma
reificação de uma relação de gênero. E esta
reificação é exatamente o contrário do que
pretende o feminismo. A categoria “mulher”
alcança estabilidade e coerência somente no
contexto da matriz heterossexual. É necessário,
portanto, um novo tipo de política feminista para
contestar as próprias reificações de gênero e de
identidade, uma nova política que fará da
construção variável da identidade não apenas um
pré-requisito metodológico e normativo, mas
também um objetivo político. Paradoxalmente o feminismo somente poderá fazer sentido se o
sujeito “mulher” não for assumido de nenhum
modo”
[Judith Butler: Gender Trouble, feminism and tjhe
subsversion of identity, 1990, Routledge, New York].
A idéia de que, para a revolução socialista seria necessário que as
mulheres não mais se assumissem como mulheres não era nova nos anos 90. A
novidade introduzida por Butler está no modus operandi através do conceito de
‘gênero’. Segundo Butler, a transição seria politicamente possível através da
introdução do conceito de gênero inicialmente desenvolvido por Money. Mas a
idéia de fundo já estava plenamente desenvolvida alguns anos antes de Butler,
embora sem a intermediação do conceito de gênero, na obra “A Dialética do
Sexo”, da feminista marxista Shulamith Firestone:
“Para falar sobre as alternativas revolucionárias, é
necessário começar por dizer que as mulheres, no plano
biológico, são diferenciadas dos homens. A natureza
produziu a desigualdade fundamental, que foi, mais
tarde, consolidada e institucionalizada, em benefício dos
homens. As mulheres eram a classe escrava que
mantinha a espécie, a fim de que a outra metade fosse
liberada para o trabalho, admitindo-se os aspectos
escravizantes disso, mas salientando todos os aspectos
criativos.
Esta divisão natural do trabalho continuou somente à
custa de um grande sacrifício cultural: os homens e as
mulheres desenvolveram apenas uma metade de si
mesmos, em prejuízo da outra metade. A divisão da
psique em masculina e feminina, estabelecida com o fim
de reforçar a divisão em função da reprodução, resultou
trágica. A hipertrofia do racionalismo do impulso
agressivo e a atrofia da sensibilidade emocional nos homens resultaram em guerras e em desastres culturais.
O emocionalismo e a passividade das mulheres
aumentou o seu sofrimento. Sexualmente os homens e
as mulheres foram canalizados para uma
heterossexualidade altamente organizada, nos tempos,
nos lugares, nos procedimentos e até nos diálogos.
Deve-se, portanto, propor, em primeiro lugar, a
distribuição do papel da nutrição e da educação das
crianças entre a sociedade como um todo, tanto entre os
homens, quanto entre as mulheres. Estamos falando de
uma mudança radical. Libertar as mulheres de sua
biologia significa ameaçar a unidade social, que está
organizada em torno da sua reprodução biológica e da
sujeição das mulheres ao seu destino biológico, a
família.
Em segundo lugar, a segunda exigência será a total
autodeterminação, incluindo a independência
econômica, tanto das mulheres quanto das crianças. É
por isso que precisamos falar de um socialismo
feminista. Com isso atacamos a família em uma frente
dupla, contestando aquilo em torno de que ela está
organizada: a reprodução das espécies pelas mulheres,
e sua conseqüência, a dependência física das mulheres
e das crianças. Eliminar estas condições já seria
suficiente para destruir a família, que produz a
psicologia do poder. Contudo, nós a destruiremos ainda
mais.
É necessário, em terceiro lugar, a total integração das
mulheres e das crianças em todos os níveis da
sociedade. E, se as distinções culturais entre homens e
mulheres e entre adultos e crianças forem destruídas,
nós não precisaremos mais da repressão sexual que
mantém estas classes diferenciadas, sendo pela primeira vez possível a liberdade sexual “natural”.
Assim, chegaremos, em quarto lugar, à liberdade sexual
para que todas as mulheres e crianças possam usar a
sua sexualidade como quiserem. Não haverá mais
nenhuma razão para não ser assim. Em nossa nova
sociedade a humanidade poderá finalmente voltar à sua
sexualidade natural “polimorficamente diversa”. Serão
permitidas e satisfeitas todas as formas de sexualidade.
A mente plenamente sexuada tornar-se-ia universal”
[Shulamith Forestone: The Dialetic of Sex, 1970, Bantam
Books, New York].
Faltava ainda, entretanto, o mais importante para que a idéia se
tornasse realidade política. Havia o problema prático de como introduzir estas
idéias, e especialmente a idéia de gênero, já identificada como capaz de conduzir
a humanidade à “mente polimorficamente sexuada que destruiria a família”,
para arena política. Tal como formuladas por Shulamith Firestone e Judith Butler,
estas idéias não eram politicamente viáveis e somente um pequeno punhado de
revolucionárias radicais seriam capazes de aceitá-las. O dilema foi finalmente
resolvido na Conferência da ONU, realizada em Pequim no ano de 1995, para
tratar sobre a discriminação contra as mulheres.
A Conferência de Pequim estava programada para discutir e
aprofundar a “Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de
Discriminação contra a Mulher”, já aprovada em 1979 pela Assembléia Geral
da ONU. A comissão organizadora da Conferência de Pequim, habilmente
substituiu no documento a ser debatido os conceitos de ‘mulher’ e
‘discriminação contra a mulher’ por ‘gênero’ e ‘discriminação de gênero’,
mas de tal modo que, no contexto do documento, todas estas expressões
pareceriam significarem sinônimos. As palavras foram deliberadamente utilizadas
para sugerir que “gênero” seria apenas um sinônimo elegante para “sexo”. Se a
introdução das novas expressões pudesse ser aceita em um documento oficial da
ONU, isto permitiria que, anos mais tarde, gradualmente se passasse a afirmar-se
que as expressões aprovadas e não definidas para ‘gênero’ na realidade não eram sinônimas de ‘sexo’. Sutentar-se-ia, progressivamente, que masculino e
feminino não seriam sexos, mas gêneros, e que, neste sentido, tanto o masculino
como o feminino não seriam realidades biológicas, mas construções meramente
culturais que poderiam e deveriam ser modificadas pela legislação até obter não
apenas a completa eliminação de todas as desigualdades entre os gêneros, mas
o próprio reconhecimento legal da não existência de gêneros enquanto
construções definidas e distintas. Neste sentido, não existiria uma forma natural
de sexualidade humana e fazer da heterossexualidade uma norma não seria mais
do que reforçar os papéis sociais de gênero que Marx e Engels apontaram como
tendo sido a origem opressão de uma classe por outra e que estariam na raiz de
todo o sofrimento humano.
A Conferência de Pequim foi a segunda, na história da ONU, logo
após a Conferência Populacional do Cairo realizada um ano antes, em que um
grande quantidade de ONGs foram convidadas a participar oficialmente com um
número de representantes muito superior aos dos delegados das nações, que
continuavam sendo os únicos com direito a voto. A diferença numérica e a
preparação superior dos representantes das ONGs a respeito dos temas tratados,
paradigma que continua até hoje e que a própria ONU recomenda que seja
adotada pelos governos das nações membros, fez com que, já nas conferências
preparatórias para a Conferência principal a ser realizada em Pequim, em vez
deter-se na questão da discriminação contra a mulher, objetivo inicial do evento,
passou-se a deslocar o foco para a questão, inicialmente aparentemente
indiferenciada, da discriminação de gênero. No início os delegados das nações,
não acostumados com a expressão, julgavam que gênero fosse um sinônimo
mais elegante para a palavra sexo. Mas na última Conferência Preparatória
realizada em Nova York, quando os delegados finalmente chegaram à clareza
suficiente para poder expressar verbalmente as suas dúvidas e exigir que a
palavra ‘gênero’ fosse oficialmente definida, a coordenação da conferência
divulgou a seguinte declaração:
“Gênero refere-se às relações entre homens e mulheres
com base em papéis socialmente definidos que são atribuídos a um ou outro sexo” [Dale O’Leary: The Gender
Agenda, Redefining Equality, 1997, Vital Issues Press,
Lafayette, Lousiana].
Em vez de resolver o problema, tal declaração somente serviu para
criar mais confusão. Ficava claro que gênero não era sinônimo de sexo, mas não
era claro quais as implicações que o conceito poderia conter. Ao passarem a
exigir uma definição formal de gênero que pudesse ser incorporada oficialmente
ao texto da Conferência e votado sem ambigüidades, os proponentes se
defrontaram com uma inesperada e bem organizada oposição. As ONGs
feministas, representadas pela Sra. Bella Abzug, contestaram que a Conferência
jamais daria uma definição formal de gênero, porque o que realmente estava
sendo pretendido ao exigir-se tal definição seria
“o confinamento e a redução das mulheres às suas
características físicas. A palavra gênero significa que o
status e os papéis das mulheres e dos homens são
socialmente construídos e passíveis de modificação. As
mulheres não voltarão a se subordinar a seus papéis
inferiores”
[Dale O’Leary: The Gender Agenda, Redefining Equality,
1997, Vital Issues Press, Lafayette, Lousiana].
A delegação dos Estados Unidos, além disso, da qual participava
Hillary Clinton, na época esposa do presidente do país, afirmou que não seria
favorável a uma definição formal de gênero, o que somente traria “complicações
positivas”. A própria coordenação da Conferência acabou afirmando que
“gênero não tem definição, e não necessita de tê-la”
[Dale O’Leary: The Gender Agenda, Redefining Equality,
1997, Vital Issues Press, Lafayette, Lousiana].
O que verdadeiramente está acontecendo é que o conceito de
‘gênero’ está sendo utilizado para promover uma revolução cultural sexual de
orientação neo-marxista com o objetivo de extinguir da textura social a instituição
familiar. Na submissão do feminino ao masculino através da família, Marx e
Engels enxergaram o protótipo de todos os subseqüentes sistemas de poder. Se
esta submissão é conseqüência da biologia, não há nada a que se fazer. Mas se
ela é uma construção social, ou um gênero, então, a longo prazo, ela poderá ser
modificada até chegar-se à uma completa igualdade onde não haverá mais
possibilidade de opressão de gênero, mas também onde não haverá mais
famílias, tanto as heterossexuais como demais famílias alternativas. Neste
contexto a educação caberia como uma tarefa exclusiva do Estado, e não existiria
mais traços diferenciais entre o masculino e o feminino. Em um mundo de
genuína igualdade, segundo esta concepção, todos teriam que ser educados
como bissexuais e a masculinidade e a feminilidade deixariam de ser naturais.
A essência da questão foi muito bem exposta pelo Padre José
Eduardo de Oliveira, professor de Teologia Moral, em uma entrevista concedida à
agência Zenit e recentemente publicado em livro intitulado “Caindo no Conto
de Gênero”:
“Sintetizando em poucas palavras, a ideologia de gênero
consiste no esvaziamento jurídico do conceito de
homem e de mulher, e as conseqüências são as piores
possíveis. Conferindo status jurídico à chamada
"identidade de gênero" não há mais sentido falar em
"homem" e "mulher"; falar-se-ia apenas de "gênero", ou
seja, a identidade que cada um criaria para si.
Portanto, não haveria sentido em falar de casamento
entre um "homem" e uma "mulher", já que são variáveis
totalmente indefinidas. Mas, do mesmo modo, não
haveria mais sentido falar em "homossexual", pois a
homossexualidade consiste, por exemplo, num
"homem" relacionar-se sexualmente com outro "homem". Todavia, para a ideologia de gênero o
"homem 1" não é "homem", nem tampouco o "homem
2" o seria. Em poucas palavras, a ideologia de gênero
está para além da heterossexualidade, da
homossexualidade, da bissexualidade, da
transexualidade, da intersexualidade, da pansexualidade
ou de qualquer outra forma de sexualidade que existir. É
a pura afirmação de que a pessoa humana é
sexualmente indefinida e indefinível. Os ideólogos de
gênero, às escondidas, devem rir às pencas das
feministas. Como defender as mulheres, se elas não são
mulheres? Qual seria o objetivo, portanto, da "agenda
de gênero"? O grande objetivo por trás de todo este
absurdo - que, de tão absurdo, é absurdamente difícil de
ser explicado – é a pulverização da família com a
finalidade do estabelecimento de um caos no qual a
pessoa se torne um indivíduo solto, facilmente
manipulável. A ideologia de gênero é uma teoria que
supõe uma visão totalitarista do mundo”
[Padre José Eduardo Oliveira: Caindo o Conto do Gênero,
entrevista à Zenit, in http://www.zenit.org/pt/articles/caindono-conto-do-genero]."
Diante dessas informações, creio que dá para traçarmos um perfil da luta em favor da família, tendo ciência de que a educação brasileira está em perigo. Porém, tendo consciência disso, podemos entrar no campo de batalha defendendo a Cosmovisão Cristã e todos os seus princípios, em especial aqueles que tratam da família.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016
GRUPO DE ESTUDO COSMOVISÃO CRISTÃ - 5º ENCONTRO
O 5º encontro do grupo de
estudo Cosmovisão Cristã será dia 20/02/2016 (terceiro sábado de fevereiro), as
16:30 horas, na AD de Soledade 2, rua Angra dos Reis, S/N, Natal-RN.
Neste quinto encontro, vamos
abordar o tema atual e extremamente necessário MARXISMO CULTURAL. Tomaremos
como base para nossas discussões, um texto (curto) e um vídeo (longo).
O texto é Marxismo Cultural: o Cristianismo dentro de uma revolução, do pastor Eguinaldo Hélio de Souza (ele foi articulista da revista
Defesa da Fé, consultor do ICP, colaborador da Bíblia Apologética de Estudo, e
é autor do livro Quem é o perdido? Em busca de um povo perdido). E o vídeo é Marxismo
Cultural, uma palestra de Solano Portela (ele é presbítero da Igreja
Presbiteriana, autor de vários livros e escreve no blog O Tempora! O Mores!,
junto com Augustus Nicodemus e Mauro Meister).
Segue
o texto (e o link original). O vídeo está neste link (Marxismo Cultural - Solano Portela).
Marxismo Cultural: o Cristianismo dentro de uma revolução
O comunismo é o inimigo satânico do cristianismo.
A. W. Tozer
Parece que o gigante está acordando, ainda que lentamente, ainda que tardiamente. O tema do Marxismo Cultural está entrando nas pautas e sua nociva influência começa agora a ser denunciada de modo mais constante. Graças aos esforços iniciais solitários do professor Olavo de Carvalho, a percepção de uma revolução silenciosa em curso começa a fazer barulho. Ele teve coragem de amarrar o gonzo no pescoço do gato e este agora já não consegue se achegar tão sorrateiro. Temos de dar honra a quem a merece.
Que o marxismo é anticristão em sua essência e terrivelmente mortal em sua história não é novidade para qualquer pessoa de bom senso que conheça o mínimo de teologia cristã e um pouco dos acontecimentos do século XX. Mas a estratégia adotada pelos teóricos comunistas para fazer triunfar sua fé ideológica no Ocidente tornou o inimigo invisível e imperceptível. Eles inverteram o percurso. Ao invés da derrubada violenta do poder político para dominar e moldar a cultura, a vitória viria pela transformação da própria cultura, segundo os moldes marxistas. Isso seria feito de modo sutil e lento até que a sociedade estivesse pronta para aceitar passivamente o domínio totalitário comunista como salvação messiânica.
Escola de Frankfurt, Antonio Gramsci (este principalmente), Georg Lukács, entre outros, foram as mentes que conceberam e disseminaram as sementes de morte em nossa cultura. Esses intelectuais pensaram, escreveram e agiram para inserir no Ocidente o pensamento pró marxista. E funcionou. O dragão vermelho do comunismo logo começou a ser acariciado como um gato persa e mimado pelos intelectuais como a cura incontestável para todos os males humanos.
Hoje, símbolos religiosos são violentados sexualmente em plena praça pública, com o dinheiro público e ninguém acha isso anormal. Em um país com grande maioria cristã, a Bíblia e os valores cristãos são diariamente difamados nas escolas e universidades fomentando discriminação e ódio. E isso diante de uma platéia repleta de cristãos. Total silêncio.
Apesar de o comunismo ter assassinado mais de cem milhões no século XX, os livros escolares silenciam e dessa forma uma versão mutilada da história é apresentada à nova geração. Ainda que o socialismo produziu miséria por onde passou é louvado nas cátedras como redentor. Ao invés das críticas merecidas, recebe apologia constante.
E o pior de tudo. Mesmo o marxismo sendo ateu, materialista, darwinista e anticristão, encontrou entre os cristãos não apenas quem o defendesse, mas ainda quem se utilizasse de seus conceitos para fazer teologia! Isso não é amar o inimigo. É se prostituir com ele!
Um país onde você encontra marxismo defendido inconteste em escolas, universidades, livros, jornais, política e igrejas, ao mesmo tempo em que se diz que o comunismo morreu, com certeza é um país onde o marxismo cultural já triunfou.
Se acreditamos que as Escrituras Sagradas revelam a verdade absoluta sobre quem é Deus, sobre quem nós somos e sobre o que o mundo é, percebemos que estamos envolvidos em uma atmosfera pútrida que sufoca nossa alma cristã. Se a moral cristã sobre sexo e família é o padrão divino para a humanidade e estamos sendo criminalizados por acreditar nela, então algo está bem errado. Se o ensino religioso é proibido nas escolas e os símbolos religiosos proibidos em repartições públicas, enquanto algo sinistro como a ideologia de gênero é fomentado e empurrado goela abaixo no sistema educacional, há algo errado.
Nada disso é coincidência. É pura estratégia. É fruto de décadas de marxismo cultural, desde que Antonio Gramsci começou a ser publicado no Brasil na década de 1960.
Dormimos e o inimigo não semeou o joio. Semeou a erva daninha, o parasita que deseja sufocar e destruir todos os conceitos cristãos que sustentamos. Essa cultura de morte quer nos fazer acreditar que nossas crenças e nossa moral não passam de preconceitos arcaicos a serem escondidos bem fundos em nossas vidas privadas, enquanto eles expõem seus conceitos como verdades eternas.
Quando uma maioria esmagadoramente cristã está vivendo esmagada por uma cultura sutil ou declaradamente anticristã é difícil perceber que alguma coisa está muita errada.
A. W. Tozer
Parece que o gigante está acordando, ainda que lentamente, ainda que tardiamente. O tema do Marxismo Cultural está entrando nas pautas e sua nociva influência começa agora a ser denunciada de modo mais constante. Graças aos esforços iniciais solitários do professor Olavo de Carvalho, a percepção de uma revolução silenciosa em curso começa a fazer barulho. Ele teve coragem de amarrar o gonzo no pescoço do gato e este agora já não consegue se achegar tão sorrateiro. Temos de dar honra a quem a merece.
Que o marxismo é anticristão em sua essência e terrivelmente mortal em sua história não é novidade para qualquer pessoa de bom senso que conheça o mínimo de teologia cristã e um pouco dos acontecimentos do século XX. Mas a estratégia adotada pelos teóricos comunistas para fazer triunfar sua fé ideológica no Ocidente tornou o inimigo invisível e imperceptível. Eles inverteram o percurso. Ao invés da derrubada violenta do poder político para dominar e moldar a cultura, a vitória viria pela transformação da própria cultura, segundo os moldes marxistas. Isso seria feito de modo sutil e lento até que a sociedade estivesse pronta para aceitar passivamente o domínio totalitário comunista como salvação messiânica.
Escola de Frankfurt, Antonio Gramsci (este principalmente), Georg Lukács, entre outros, foram as mentes que conceberam e disseminaram as sementes de morte em nossa cultura. Esses intelectuais pensaram, escreveram e agiram para inserir no Ocidente o pensamento pró marxista. E funcionou. O dragão vermelho do comunismo logo começou a ser acariciado como um gato persa e mimado pelos intelectuais como a cura incontestável para todos os males humanos.
Hoje, símbolos religiosos são violentados sexualmente em plena praça pública, com o dinheiro público e ninguém acha isso anormal. Em um país com grande maioria cristã, a Bíblia e os valores cristãos são diariamente difamados nas escolas e universidades fomentando discriminação e ódio. E isso diante de uma platéia repleta de cristãos. Total silêncio.
Apesar de o comunismo ter assassinado mais de cem milhões no século XX, os livros escolares silenciam e dessa forma uma versão mutilada da história é apresentada à nova geração. Ainda que o socialismo produziu miséria por onde passou é louvado nas cátedras como redentor. Ao invés das críticas merecidas, recebe apologia constante.
E o pior de tudo. Mesmo o marxismo sendo ateu, materialista, darwinista e anticristão, encontrou entre os cristãos não apenas quem o defendesse, mas ainda quem se utilizasse de seus conceitos para fazer teologia! Isso não é amar o inimigo. É se prostituir com ele!
Um país onde você encontra marxismo defendido inconteste em escolas, universidades, livros, jornais, política e igrejas, ao mesmo tempo em que se diz que o comunismo morreu, com certeza é um país onde o marxismo cultural já triunfou.
Se acreditamos que as Escrituras Sagradas revelam a verdade absoluta sobre quem é Deus, sobre quem nós somos e sobre o que o mundo é, percebemos que estamos envolvidos em uma atmosfera pútrida que sufoca nossa alma cristã. Se a moral cristã sobre sexo e família é o padrão divino para a humanidade e estamos sendo criminalizados por acreditar nela, então algo está bem errado. Se o ensino religioso é proibido nas escolas e os símbolos religiosos proibidos em repartições públicas, enquanto algo sinistro como a ideologia de gênero é fomentado e empurrado goela abaixo no sistema educacional, há algo errado.
Nada disso é coincidência. É pura estratégia. É fruto de décadas de marxismo cultural, desde que Antonio Gramsci começou a ser publicado no Brasil na década de 1960.
Dormimos e o inimigo não semeou o joio. Semeou a erva daninha, o parasita que deseja sufocar e destruir todos os conceitos cristãos que sustentamos. Essa cultura de morte quer nos fazer acreditar que nossas crenças e nossa moral não passam de preconceitos arcaicos a serem escondidos bem fundos em nossas vidas privadas, enquanto eles expõem seus conceitos como verdades eternas.
Quando uma maioria esmagadoramente cristã está vivendo esmagada por uma cultura sutil ou declaradamente anticristã é difícil perceber que alguma coisa está muita errada.
Por Pr. Eguinaldo Hélio de Souza
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