Os valores eternos (e por isso absolutos) da Palavra de Deus (a Bíblia Sagrada) são a marca do discurso cristão. Como exemplo deles, podemos citar:
• A defesa da existência de Deus (por isso se é contra o ateísmo e o agnosticismo).
• A defesa da vida (por isso se é contra o aborto e a eutanásia).
• A defesa da ética (por isso se é contra a corrupção).
• A defesa da família (por isso se é contra o sexo antes do casamento, o divórcio por qualquer motivo e o casamento [casamento mesmo] entre pessoas do mesmo sexo).
• A defesa da qualidade de vida (por isso se é contra a bedida alcoólica e a descriminalização da maconha e/ou outras drogas).
O cristão que se preza deve estar atento, portanto, às discussões que envolvem esses temas e saber expor a visão de mundo cristã diante deles. E deve também se posicionar em relação à essas discussões na medida em que elas são ampliadas no discurso político, principalmente neste período eleitoral.
Dizer simplesmente como alguns: “sou evangélico, mas não sou alienado e por isso voto no PT”, me parece um discurso fácil e ausente de base sólida para o pensamento cristão. Realmente, percebo um descompasso nos cristãos (evangélicos, católicos, etc) que se filiam aos partidos com ideologias contrárias a vida cristã, e naqueles que dizem votar em candidatos desses partidos (como o PT, PSOL, PSTU, PC do B, etc) quando esses partidos discursam e agem abertamente contrários à verdade absoluta da Palavra de Deus.
Penso que, mesmo sendo sinceros, os cristãos que se posicionam assim não compreendem a ideológia partidária militante em vista, e entram em contradição com suas crenças de valores ao desconsiderarem a postura anti-cristã desses partidos. Se colocarmos em paralelo, de um lado o conteúdo da Palavra de Deus e do outro lado o discurso (e a prática) de políticos como Marta Suplicy, Fernando Haddad, “Lulidilma”, Fátima Bezerra, Jean Wyllys, Luciana Genro, Chico Alencar, etc, veremos que os dois conteúdos não se coadunam.
Em um outro texto, anterior a este, fiz referência a algumas atitudes que são evidentemente contrárias à cosmovisão bíblica e, a título de lembrança, quero listá-las mais uma vez, lembrando que a bancada do atual governo, no Congresso, partilha de uma ideologia totalmente contrária aos valores que firmaram a democracia, a liberdade e a vida normal em sociedade.
• A terceira versão do Programa Nacional de Direitos Humanos (o PNDH 3 - veja o vídeo de Ives Gandra no Programa do Jô), entre outras coisas, indica nas entrelinhas a censura da imprensa, a educação refém desse plano e o direito de propriedade ameaçado.
• Fernado Haddad (PT), atual prefeito de São Paulo, substituiu o dia dos pais e o dia das mães pelo “dia do cuidador”, sinalizando o desrespeito e a desestruturação da instituição familiar tradicional.
• Quando o ex-deputado petista Luiz Carlos Bassuma ainda estava no partido, ele se posicionou contra a legalização do aborto e um grupo do PT da Bahia pediu sua expulsão do partido. Depois decidiram suspender suas atividades partidárias, numa clara manifestação de autoritarismo tentando privá-lo de seus direitos por causa da sua convicção filosófica e religiosa.
• O governo pretendia doutrinar as crianças e adolescentes na prática homossexual e tornar precoce a prática sexual através do polêmico “Kit Gay”.
• A senadora Marta Suplicy (PT) desengavetou o PL 122, como “Lei Anti-Homofobia” e o presidente do senado Renan Calheiros quase coloca em votação. Mas esse projeto já foi enterrado. A turma do PT, além de outros senadores, votaram contra o “sepultamento” desse projeto.
• A presidente Dilma estava para editar uma resolução que, na política sobre drogas, as clínicas de dependentes químicos não poderão falar sobre religião.
• A indicação de que o crime compensa é claramente manifesta na opinião de Lula e outros petistas quando dizem que não houve o mensalão e, portanto, para eles, José Genoíno e José Dirceu, dentre outros, seriam inocentes.
Porém, antes de alguém argumentar dizendo que há candidatos cristãos (e de partidos que se dizem cristãos) com práticas corruptas ou antiéticas (sendo processados no STF ou em outras cortes), quero expor a leitura que faço sobre isso: todos nós somos seres humanos propensos à equívocos em decorrência da fragilidade humana; uma coisa é errar buscando acertar e outra coisa é errar deliberadamente; os cristãos que erram não o fazem amparados em “prerrogativas” que justifiquem seus erros, ao contrário, costumam chamar o erro de erro mesmo (ou em outras palavras: pecado). E esses candidatos ditos cristãos, se de fato estão respondendo por crimes, são responsáveis por seus erros e, se condenados, devem pagar por eles.
Concluo enfatizando dois pontos de vista sobre nosso processo eleitoral: primeiro, para sermos coerentes com aquilo que cremos e vivemos devemos buscar conhecer as motivações das candidaturas expostas e verificarmos se elas, de fato, se coadunam com nossa visão de mundo cristã. Segundo, não acho que os melhores candidatos estão nas igrejas ou em associações ditas cristãs, acho que os melhores candidatos têm pensamentos e posturas que expressam a verdade absoluta da Palavra de Deus.
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